Estar na Pele da Adriana: Página 20

MÁSCARAS


Ouvindo uma palestra gravada sobre autoconhecimento da brilhante Professora Lúcia Helena Galvão, ela diz uma frase que fica ressoando em meu coração: “Seremos estranhos para nós mesmos por quanto tempo?”

As máscaras fazem parte do viver em sociedade. 

Como uma condição para aceitar e ser aceito no ambiente que se apresenta. 

Mas devemos ter cuidado para elas não aderirem demasiadamente no rosto, no nosso ser. 

O risco de se dissolver e formar uma emaranhado com nossa real essência é grande. 

De repente, vestimos as roupas que a maioria veste, comemos a comida validada pela aprovação da maioria, nossas opiniões pessoais são formadas por fragmentos alheios  aplaudidos pela multidão…

Acredito que o discernimento seja a chave.

O que é bom para você permanece, e o que não, let it go.

E essa chave, abrirá portas para o seu mundo, particular, único .. e espetacular. 

Virei a chave e abri a porta desse novo e pessoal mundo. 

E nesse meu mundo eu me aventuro.

Experimento o diferente, visito lugares que poucos frequentam, me desconecto da massa para sair em busca da beleza quieta e acanhada, que se apresenta somente aos olhos de quem a vê.

Vou me despindo de conceitos, críticas e opiniões que variavelmente me sugerem a não ficar estigmatizada no “desvio-padrão”.

E assim, o medo de não ser aceita, de não ser aprovada e de não seguir o próprio caminho se esvanece. 

E assim, me fortaleço, me encontro e me identifico.

E como é bom se esvaziar do todo para se encontrar no UM.


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Adriana Katsutani Lerner

Paulistana miscigenada, Comunicadora, ex Marqueteira, tia do Dani, do Pedro e do Vini. Ávida por qualquer tipo de conhecimento, qualquer tipo de cachorro e qualquer marca de café. Ama viajar mesmo que seja somente através dos livros. Valoriza uma boa música, cinema, bate papo, ou seja, as coisas mais simples da vida.