Isso é psicofobia! | O que não dizer

Reconhecer a importância da linguagem na promoção da saúde mental é essencial para criar um ambiente mais inclusivo e solidário.

A psicofobia, infelizmente, é uma realidade muitas vezes silenciosa e insidiosa, que permeia nossa sociedade de maneiras sutis e não tão sutis. Embora tenhamos feito progressos significativos na destigmatização das questões de saúde mental, ainda enfrentamos um longo caminho para erradicar completamente o estigma e a discriminação associados a essas condições. Um aspecto fundamental dessa luta é o uso consciente das palavras e a conscientização sobre o impacto que elas têm sobre aqueles que lutam contra problemas psicológicos.

Isso é psicofobia!

Confira alguns exemplos comuns de linguagem prejudicial que perpetuam estigmas em relação à saúde mental:


"Ele é um caso perdido por causa de seus problemas mentais." 


"Ela está louca, não dá para confiar nela." 


"Pessoas com depressão só precisam se animar, é tudo na cabeça delas." 


"Não contrate aquele candidato, ele tem um histórico de burnout." 


"Transtornos mentais são frescura, todo mundo tem problemas, é só uma questão de enfrentá-los."


"Ela não consegue lidar com a pressão, deve ter algum problema mental." 


"Você está exagerando, isso não é motivo para estar tão ansioso." 


"Ele deve estar se fazendo de vítima para chamar atenção." 


"Pessoas com transtorno bipolar são imprevisíveis e perigosas." 


"Aquele paciente está sempre reclamando, não há nada de errado com ele além de sua mente fraca."



É nosso objetivo não apenas conscientizar, mas também capacitar os leitores a se tornarem aliados eficazes na luta contra a psicofobia, começando por suas próprias palavras. 


Juntos, podemos criar uma cultura de aceitação e apoio mútuo, onde todos sintam que podem buscar ajuda sem medo de julgamento ou discriminação.


Acolher, conscientizar e mobilizar: juntos contra a psicofobia.