Estar na Pele da Adriana: Página 24
A DOR UNIVERSAL
De tantas tragédias e mazelas que há no mundo, um pensamento me surgiu à mente: não seriam as maiores dores sofridas pelo ser humano, exatamente iguais?
Desde a dor da perda de um ente querido aqui ou na China, ou a dor física de qualquer parte do corpo, ou até mesmo a dor compartilhada de modo presencial por torcedores, independente do time, aquela dor causada pela perda do pênalti aos 47 do segundo tempo…
O compartilhar da dor é uma prática executada a até mesmo a nível celular. As células se comunicam entre si e experienciam de modo uníssono esse sentimento.
Sim, já é fato de que a dor compartilhada aflora empatia, generosidade e acolhimento na maioria dos seres viventes, mas há casos e casos…infelizmente.
A dureza do dia a dia, faz com que nossa percepção se torne cega à dor do colega ao lado, que, por sinal, pode estar passando por algo semelhante ou até mesmo igual ao que você esteja experienciando.
Deixando as especificidades de lado, ficamos mergulhados nas dores individuais que não nos damos conta que “a dor é universal”.
A dor da doença de um ente querido é a mesma.
A dor de perder o emprego é a mesma.
A dor de dente é a mesma.
A dor de cotovelo é a mesma.
Então porque a minha dor DEVE ser maior do que a dor do outro, se é a mesma?
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Adriana Katsutani Lerner
Paulistana miscigenada, Comunicadora, ex Marqueteira, tia do Dani, do Pedro e do Vini. Ávida por qualquer tipo de conhecimento, qualquer tipo de cachorro e qualquer marca de café. Ama viajar mesmo que seja somente através dos livros. Valoriza uma boa música, cinema, bate papo, ou seja, as coisas mais simples da vida.
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Como as mais simples da vida
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