O isolamento social que temos vivido dá uma “bagunçada” em tudo, nossas emoções, ansiedade, sono, apetite, enfim, uma movimentada geral. Mas acredito que essa “bagunçada” pode ser positiva, um tempo de observação, aprendizado, de cuidado conosco, conexão.

Tive dias terríveis, nos quais apenas chorava pelas perdas ou incendiava minha cabeça com as preocupações com contas, contrato e o futuro incerto diante de uma situação mundial sem qualquer precedente.

Já faz algum tempo que tenho evitado a escrita livre. Talvez “evitado” nem seja a melhor palavra. Normalmente, a gente evita aquilo que pode despertar o medo – um pesadelo, um trauma, uma ferida. Eu sei que não é o caso da escrita.

A liberdade de expressão de sentimentos e emoções ganha vida em forma de poesia na nova página do nosso diário aberto. Venha sentir como é Estar na Pele do Kenzo:

E se tivéssemos a liberdade de sermos livres de verdade? E se não existissem  barreiras para a fluidez entre cada sinapse neural? E se tudo aquilo que passasse pelas nossas cabeças fosse passível de interpretação?

Quando recebi o convite da Bel e da Miloca para fazer parte deste projeto tão humano e real, me veio uma mistura de emoções: felicidade, porque vou conseguir ser ajudada e ajudar outras pessoas por meio da minha escrita; mas também senti angústia; ansiedade; medo - será que vão gostar de mim? Da minha escrita? Da minha história?

Para tornar nossos conteúdos mais empáticos e humanos, idealizamos o projeto “Estar na Pele”, que trará experiências reais de pessoas que passam ou já passaram por desafios relacionados à saúde da mente.