Estar na Pele da Ju: Página 01

Bem-vindo (a) a coluna Estar na Pele!

Quando recebi o convite da Bel e da Miloca para fazer parte deste projeto tão humano e real, me veio uma mistura de emoções: felicidade, porque vou conseguir ser ajudada e ajudar outras pessoas por meio da minha escrita; mas também senti angústia; ansiedade; medo - será que vão gostar de mim? Da minha escrita? Da minha história?

Foto: STIL / Unsplash

Foto: STIL / Unsplash

Foi quando eu parei e falei para mim mesma, olhando no espelho: se você não se arriscar, não tentar, você nunca irá descobrir.

Quantas vezes deixamos de fazer algo que queremos muito por medo de dar errado? Ou achamos que não somos bons o suficiente? Pois é, dessa vez eu não deixei esses sentimentos ganharem.

E é isso que me proponho a fazer a partir de agora, neste instante. Ajudar você a se enxergar, se amar, se aceitar do jeitinho que é, deixando cada vez mais para escanteio os pensamentos negativos e a autosabotagem. 



E como vou fazer isso?

Primeiro sendo o mais verdadeira, transparente comigo e com você que parou um pouquinho para ler e me conhecer. E não poderia ser transparente usando um nome “fake” ou me esconder por medo de assumir que sim eu tenho transtorno de ansiedade e sou depressiva. E isso não deve ser vergonha para ninguém, mostrar suas fragilidades, aceitar, buscar ajuda e nunca desistir é sinal de coragem, de força, de alguém que só está querendo se achar no meio dessa loucura que é a vida. 

Então vamos lá: sou Juliana, tenho 35 anos, sou apaixonada pela escrita. Acho que encontrei nela uma forma de colocar para fora tudo que penso, sinto, acho, sem precisar ter receio do que os outros vão pensar ou achar. Toda vez que acontece algo que me deixa feliz, triste, incomodada, frustrada, confusa, com medo; eu paro e escrevo tudinho que está passando na minha cabeça, e quer saber? É uma sensação tão libertadora, que ao terminar de escrever me sinto leve, calma, como todos gostaríamos de ser, certo?

Tenho um filho adolescente que mudou minha vida aos 21 anos. Foi um OPS, daqueles bem pesados, mas que hoje me fez ser a mulher que sou: mais exigente, chata, responsável e assim vai. Foi o pior e melhor OPS da minha vida ter o Gabriel. Tudo são flores? Nem um pouco, você vai ver no decorrer desse diário que caio e caio muito, que as vezes acho que não vou conseguir levantar, que choro, que fico na cama dias sem vontade de olhar para a vida e enfrentar as frustrações. Mas estou aqui para você me ajudar e eu, por meio das minhas vivências, sejam elas, tristes ou felizes, entrar um pouco na sua vida, para entender que não está sozinho, e que está tudo bem não ficar bem o tempo inteiro. Que as pessoas não precisam fingir, colocar uma máscara para agradar os outros. A primeira pessoa que você precisa agradar é você mesma, e o primeiro passo é se aceitar do jeito que é, com seus defeitos e qualidades. Vamos tentar?

Estou curiosa e ansiosa para conhecer um pouquinho de você. Topa embarcar nessa busca de autoconhecimento e amor comigo? ☺

Seja grato por tudo que tem. Aceite tudo que não tem, e crie ativamente tudo o que deseja.
— Autor desconhecido

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Juliana Artigas

Prazer, Ju! Jornalista por opção, paulistana nata e escritora por prazer. Apaixonada pelo comportamento humano e não dispenso um abraço demorado. Acho que toda história (boa ou não) merece ser contada. Amorosa, sonhadora e chorona. Quer me ganhar? Basta falar sobre o amor.