Estar na Pele da Ana: Página 02

Dia de reflexão!

Num dado momento do meu dia sentei no sofá e comecei a observar uma das minhas gatas, Matilda, que estava em seu momento de banho, lambida atrás de lambida, completamente focada no seu objetivo, que no caso era limpar-se. Isso me levou a pensar no que venho praticado, que é exercitar o estar presente no presente. Claro que a Matilda não tem a minha consciência, nem boletos pra pagar ou preocupações com a manutenção da casa, talvez por isso tenha me chamado ainda mais atenção, pela objetividade e facilidade em estar totalmente envolvida com o momento.

Foto: Zoran Borojevic / Unsplash

Foto: Zoran Borojevic / Unsplash

Para nós humanos, a parada é outra, mas acho que o princípio é o mesmo. Estar presente é uma escolha com um objetivo, seja ele lamber o pelo ou ficar em silêncio sem pensar em nada durante uma meditação.

Vejo o cérebro como uma criança em desenvolvimento, no estágio do aprendizado, em que quer saber tudo ao mesmo tempo, e no mesmo momento em que está super focada numa brincadeira, deixa tudo de lado pra correr atrás de uma borboleta que passa voando.

Trazer o pensamento para o agora, tem sido pra mim como criar um evento cerebral: preciso tornar o presente algo atrativo, para trazer a atenção do meu cérebro, sem que ele tenha mais interesse na  buzina da moto que passa na rua. Não tenho tanta facilidade quanto minha gata Matilda, mas tenho construído e descoberto maneiras de não me ausentar do agora, de vivê-lo em sua totalidade, mesmo nos dias “ruins”, pois tenho visto que assim, estou me reeducando, reeducando meu cérebro e minha maneira de lidar comigo mesma.

O isolamento social que temos vivido dá uma “bagunçada” em tudo, nossas emoções, ansiedade, sono, apetite, enfim, uma movimentada geral.

Mas acredito que essa “bagunçada” pode ser positiva, um tempo de observação, aprendizado, de cuidado conosco, conexão.

Tenho aprendido muito sobre mim e, isso com certeza, vai mudar a maneira como me relaciono com o mundo, quando voltarmos a interagir com ele. E você, tem aprendido sobre você mesmo?

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Ana Cardoso

Apaixonada pela vida.

Rir e fazer rir é uma boa dose de terapia da felicidade. Quando rimos, damos ao cérebro um momento de pausa, para viver apenas aquela sensação.

Escrever me liberta, me conecta a minha constante metamorfose, me ajudando a entendê-la melhor a cada dia. Quando compartilhamos o que sentimos, ou vivemos, estamos de alguma maneira nos curando.

O amor pra mim é a melhor e maior escolha para um mundo melhor.