A procrastinação e suas consequências na autoestima

Com certeza, você já ouviu essa palavra, muitas vezes: procrastinação! Inclusive pode se identificar com ela em alguns momentos da sua vida. Sim, todos nós já passamos por isso, porém, tem pessoas que sofrem constantemente os efeitos da procrastinação, tornando um ciclo vicioso e sério.

Procrastinar significa deixar para depois, ou para outro dia, adiar, postergar, ou o famoso “empurrar com a barriga”. Quem nunca?! 

Foto: Branin / Freepik

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Mas, por que procrastinamos?

Um dos motivos é que talvez você imagina o problema maior do que ele é! Nossa imaginação nos engana. Achamos que temos que fazer tudo de uma vez, e pensamos na tarefa como uma coisa só, e isso assusta. Fica mais fácil se você dividir o processo todo em pequenas partes. Não precisa fazer tudo de uma vez.

Um outro motivo é o perfeccionismo. O medo das tarefas não ficarem perfeitas o suficiente já basta para procrastinar. Porque o trabalho precisa te deixar muito, mais muito satisfeito. Nada de errado em ter que entregar um trabalho bem feito e detalhado, mas não podemos ficar escravos disso e nos atormentando. O processo será empacado, pois fica árduo demais.

A falta de autoconfiança também está associada com o postergar das tarefas. Como se faltasse mais ânimo e energia. Neste caso, podemos falar de uma autoestima mais fragilizada, e que um acompanhamento psicológico poderá ajudar bastante no fortalecimento de si mesmo, para encarar as tarefas com mais disposição e tranquilidade.

As consequências de procrastinar as atividades são várias, um dos primeiros efeitos que aparece é o acúmulo de tarefas, e a sensação de que a produtividade poderia ter sido melhor. Gerando assim, pontos negativos para a autoestima, sem contar a possibilidade de passar uma imagem de alguém desorganizado e sem responsabilidade. Um outro efeito devastador da procrastinação é o sentimento de culpa, quando você adia algo que havia se comprometido a realizar, e não faz, vem o sentimento de culpa, que é destruidor e que de nada ajuda. Além disso,  a culpa consome nossa energia, tira a vitalidade, deixando assim, mais rastos ruins para nós.

Quais seriam as dicas para lidar com a procrastinação e não deixar tanta coisa para depois?

Primeiro: estabeleça metas claras, separe em blocos suas atividades, não mistura as tarefas. Segundo: tenha foco e disciplina, gerencie bem seu tempo, aprenda a tirar algumas “folgas” para descanso do cérebro. Terceiro: associe o motivo da atividade com um aspecto emocional, ou seja, diga para si mesmo quais são as razões fortes para realizar tal atividade. Por exemplo: “preciso começar a me exercitar”, associe com o fato de que isso vai te deixar com mais sensação de tranquilidade, mais bem estar e preparado para encarar o dia com mais humor e disposição.  

Enfim, mãos à obra! E vamos com a frase: “Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje!”

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Camila Jacob

Graduada em psicologia pela PUC Campinas, há 16 anos. Especialista em Treinamento em Psicoterapia Breve Psicanalítica, pela Unicamp. Atuou por 10 anos, como Matriciadora de Saúde Mental na Rede Pública. E trabalha com Psicoterapia, há 16 anos, em consultório próprio.