O que pensa e sente um suicida?
No Brasil, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia e, praticamente, 100% dos casos estão relacionados às doenças mentais. O tema ainda é visto como tabu, mas todos nós podemos atuar na conscientização da importância que a vida tem, falando sobre o assunto para pessoas que talvez estão passando por uma crise, e incentivando que busquem ajuda de um profissional da saúde como psiquiatra ou psicólogo.
Foto: Sydney Sims / Unsplash
Mas o que passa na cabeça de uma pessoa que comete suicídio? O que ela pensa e sente? A desesperança ou expectativas negativas para o futuro é algo comum em pessoas suicidas. Há uma falta de sentido da vida e a crença de que seus problemas nunca se resolverão, por isso a ideia de suicídio passa a representar um alívio para a situação que está vivenciando.
Seus pensamentos são: ”Eu sou um incompetente”; “Não consigo lidar com as coisas”; “Não sou atraente”; “Não tenho o que oferecer”; “Sou um fardo”; “Não mereço viver”;"Eu não tenho nada a esperar, as coisas nunca vão melhorar"; "Não consigo suportar a vida, jamais poderei ser feliz"; "Eu sou um peso para os meus familiares, é melhor que fiquem sem mim"; "Eu me sinto infeliz e só tenho uma saída".
Com esse padrão de pensamentos, o indivíduo não consegue considerar outra saída a não ser acabar com a própria vida, acreditando ser o único meio para lidar com seus problemas sem solução.
“Nesses casos, além do tratamento com psiquiatra e psicólogo, é importante que o indivíduo fortaleça relações com a família, amigos, ou grupos de apoio, encorajando a se envolver em atividades sociais positivas com essas pessoas.”
Outra técnica utilizada é o Kit de Esperança ou Caixa de Primeiros Socorros Emocional, que funciona como um auxílio para a memória, contendo itens significativos como fotografias, cartões postais, poemas, textos religiosos ou objetos que lembram aos pacientes de razões para viver, podendo ser acessado em momentos de crise.
Portanto, lembre-se que agir salva vidas. Convencer alguém sobre a importância de buscar um tratamento pode ser um processo lento e não muito fácil. Se você precisa de ajuda, entre em contato com CVV (Centro de Valorização da Vida) pelo número 188 ou pelo site https://www.cvv.org.br/. Para mais informações sobre o assunto e outros temas relacionados à saúde da mente, confira nosso site e redes sociais.
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Ricardo Milito
Diretor Científico do Instituto Bem do Estar. Psicólogo e administrador com experiência no segmento organizacional e projetos sociais. Curioso, observador e disposto a ajudar as pessoas buscarem respostas para suas questões. Acredita no potencial do ser humano.
Existem histórias que começam antes mesmo do primeiro encontro. Histórias que se escrevem nas faltas, nos vazios, nas tentativas de se reconstruir depois do amor que não deu certo. Estar à Procura é sobre isso: relatos de quem, de uma maneira ou de outra, busca aquela parte que está faltando — e tenta preencher o vazio que machuca.