A importância da promoção e prevenção da saúde da mente
Anthony Tran/ Unsplash
Janeiro Branco é uma campanha que visa mobilizar a sociedade como um todo, a olhar para saúde mental, e o Instituto Bem do Estar, engaja neste movimento, trazendo como tema central: "A saúde da mente é uma questão coletiva e não somente individual".
Eu te convido, a embarcar conosco, neste tema tão importante e essencial.
Vamos começar pelas definições. Em pesquisa realizada no google, temos:
Saúde - estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar.
E qual é o conceito de saúde?
Em 1.947 a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”.
Observe que, pelas definições, saúde é muito além da ausência de doença.
Você pode estar se perguntando: porque começar o ano abordando um assunto tão sério e de tanta profundidade?
“No início do ano, culturalmente temos o costume de pensar sobre nossas vidas, de como serão as coisas, o que desejamos, o que não queremos mais que aconteça, quais as pessoas que vamos manter por perto, as que encerram o ciclo da convivência e todo este tipo de reflexão, que nos ajuda a projetar como será, no caso, o ano de 2022.”
Estamos mais suscetíveis aos apelos que a campanha mobiliza: saúde mental e emocional, preserva a vida!
Isto mesmo, hoje já sabemos que muito antes de adoecer o corpo, já adoecemos nossa alma, e entenda aqui, alma como vida. Adoecemos de dentro para fora. Pensamentos repetitivos, criam um padrão, e quando este padrão se estabelece, manifestamos em nosso comportamento, a forma como nos relacionamos com a vida e com o meio.
Veja que a OMS diz de um estado completo de bem-estar, você consegue imaginar esta possibilidade de viver de forma completa: corpo + mente + alma + social?
Parece até uma utopia este conceito, mas, eu acredito ser possível, encontrar o equilíbrio na integralidade do ser humano: biopsicossocial e espiritual.
“Dá trabalho ser feliz, viver bem, e com certeza vai exigir muito de nós, afinal, é uma conquista pessoal, que beneficia o coletivo, e viver em estado de felicidade, é desfrutar de saúde!”
Como construir felicidade?
A psicologia positiva, conta com a colaboração de Barbara Fredrickson e as 10 emoções positivas, que juntas, configuram o que entendemos por felicidade.
Quer saber quais são?
Anota aí!
Serenidade, alegria, gratidão, orgulho, diversão, interesse, esperança, admiração, inspiração e amor.
Agora pense e escreva honestamente, numa escala de 0 a 10, qual nota você se daria em cada um destes sentimentos.
Quanto você vive em estado de serenidade? Como você age ou reage mediante as circunstâncias de pressão? Qual a sua capacidade de se manter sereno, quando alguém te provoca, ou instiga uma situação de briga e discórdia, e ainda assim, você escolhe se manter ou permanecer sereno, preservando sua saúde física e mental.
Percebe com este exemplo, que se trata de escolher o que e como você deseja conduzir a sua vida?
Sim, você pode escolher o bem-estar, preservar sua saúde e mais do que isto: promover a saúde para si e para o outro, e como diz Érika Linhares em seu livro: Gente feliz não enche o saco.
Abordarei mais sobre o assunto das emoções positivas em outro artigo, minha intenção aqui é mostrar que existe um caminho possível para viver saudável.
Desfrutar de saúde, gera disposição e energia para realizar muitas coisas, afinal, do que vale ter saúde e não se mover no sentido de viver?
Você pode ir até à praia, num dia de sol, com pessoas queridas, e se negar a conviver, alegar cansaço, indisposição e se recolher, o dia está ali para você desfrutar, e mesmo que não queira se mover neste sentido, o dia continua a existir com suas infinitas possibilidades, e se você insistir nesta postura, e mantiver por repetidas vezes este comportamento, em determinado ponto, a saúde concede lugar a doença.
Nada fica igual, a mudança é um processo natural, você querendo ou não, jamais será o mesmo ao chegar no final do ano, a idade avança, o envelhecimento gradativo se revela em nosso corpo, e se você escolhe não usar sua saúde, não é possível estagnar, porque o tempo não para, e se não fizer nada para promover saúde, irá colaborar com o manifesto da doença.
Então, o verbo não é mudar, pois as mudanças irão ocorrer naturalmente.
O verbo é transformar!
Transformação é um ato consciente, você escolhe quando, como e o que deseja transformar em sua vida, e focado no que decidir ser o melhor, age!
No mundo são agentes de transformação que fazem a diferença, empregam esforços para modificar algo, na finalidade de conquistar o que desejam, e quem encontra este caminho, sabe que a transformação pessoal impacta positivamente ao seu redor, e as pessoas são beneficiadas com todo aquele que goza de saúde mental.
Um ambiente saudável para convivência se dá entre pessoas que cultivam o respeito mútuo, e definem para si um valor imprescindível para a saúde integral: "Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você", comumente conhecido como "A Regra de Ouro".
Agora é com você!
A decisão de transformar e viver o melhor ano da sua vida, começa no janeiro branco.
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Crystiane Faria Feijes
Uma profissional que olha para a mente humana: consciente e inconsciente, as relações intra e interpessoais, a família, a estrutura da formação da psique (traumas, sintomas, dores e doenças), as forças de caráter, saúde mental, sonhos, sucesso, sentido da vida, são assuntos recorrentes nestes 10 anos de atendimentos psicanalítico e sistêmico. E quanto mais ela se coloco a serviço deste algo maior, que envolve a todos nós, mais observa o universo brilhante, e ainda inexplorável que somos.
Existem histórias que começam antes mesmo do primeiro encontro. Histórias que se escrevem nas faltas, nos vazios, nas tentativas de se reconstruir depois do amor que não deu certo. Estar à Procura é sobre isso: relatos de quem, de uma maneira ou de outra, busca aquela parte que está faltando — e tenta preencher o vazio que machuca.