Estar na Pele da Ana: Página 03

Silenciar...

O silêncio é tão necessário quanto o barulho, mas em meio a correria da vida acabamos esquecendo de apreciá-lo, ouvi-lo, sim ouvi-lo.

Silêncio também é som.

Foto: Hutomo Abrianto / Unsplash

Foto: Hutomo Abrianto / Unsplash

Tenho aprendido a contemplar o meu silêncio o que pra mim é uma grande novidade sendo eu uma tagarela. Mas encontrei no silêncio outros sons, outras percepções, sensações e até mesmo barulhos, não externos, mas internos, como os dos meus pensamentos, sentimentos, questionamentos, alegrias, planos, etc.

São interessantes as descobertas que o silenciar tem me trazido, em especial sobre aqueles questionamentos que nenhuma conversa de horas esclarece, pois são particularidades muito nossas, do nosso “ego”.

Silenciosamente, tenho me visto amadurecer, aprender coisas sobre mim de uma maneira mais amorosa, sem me culpar ou cobrar por erros já cometidos ou pelo que deixei de fazer quando achava que deveria ter feito. Tenho olhado para essas questões com olhos apenas de quem observa e aprende, não com olhos de quem “condena”. Vivencio, constantemente, lembranças de momento que julguei errados, sem ter mais o peso e a cobrança que a consciência costumava gritar: - “ Porque você fez essa merda”. Agora posso ouvi-la apenas dizer: - “O que você pode aprender com isso?”.

Sou ariana e, dentre tudo que se especula sobre áries tem uma em especial que me identifico, somos inovadores. Tenho de fato em mim esse fluir natural para inovação, em praticamente todas as situações da minha vida, gosto de inovar, de construir momentos ou sensações inovadoras para mim e para os outros. Inovar circula em mim como o desejo de transformar, de tornar algo melhor, ou pelo menos mais agradável.

Nesse exato momento minha inovação está em entender o meu silêncio, apreciando-o, deixando-o fluir, experimentando suas sensações, deixando-o ser cada vez mais agradável e produtivo.

Nosso silêncio pode nos dizer muito mais do que imaginamos.

Tente, escute o silenciar do seu ser ele pode se revelar um grande aliado.

“O silêncio não é ausência de som, é ausência de ser” ( H.W.L Poonja).

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Ana Cardoso

Apaixonada pela vida.

Rir e fazer rir é uma boa dose de terapia da felicidade. Quando rimos, damos ao cérebro um momento de pausa, para viver apenas aquela sensação.

Escrever me liberta, me conecta a minha constante metamorfose, me ajudando a entendê-la melhor a cada dia. Quando compartilhamos o que sentimos, ou vivemos, estamos de alguma maneira nos curando.

O amor pra mim é a melhor e maior escolha para um mundo melhor.