Enfim sós!

Será que este momento é resultado de uma situação forçada? Forçada pelo universo, pelo meio ambiente, forçada pela conseqüência de viver uma vida tão superficial.

Foto: Suhyeon Choi / Unsplash

Foto: Suhyeon Choi / Unsplash

Quando soube da pandemia, eu não acreditei que chegaria ao Brasil, pensei: Imagina... Algo que acontece na China, Wuhan, como é que pode me afetar? Talvez até chegue ao Brasil, mas vai demorar... Já terão descoberto vacinas e/ou medicamentos suficientes para a cura deste vírus.

Estava enganada. Até hoje, o máximo que se conseguiu foi tentar estabilizar a sua disseminação.

E o que fazemos então? Devemos ouvir as recomendações de quem, dos governantes que nem mesmo se entendem? De médicos, biólogos, virologistas? Talvez esta última seja a opção mais sensata, e sendo assim, #ficaemcasa.

Muitas pessoas terão a imensa vantagem de trabalhar em homeoffice, e considerando que pelo menos 2 horas do dia serão economizadas, pois não terão que se deslocar até o seu trabalho, por exemplo, tem-se assim mais tempo para qualquer atividade que se faça dentro de suas casas.

Logo, para alguns, possivelmente começam a existir vários questionamentos. Podemos ser instigados a perguntas profundas muitas vezes relacionadas à nossa existência, somos forçados a pensar em nós mesmos: Quem somos nós? O que fazemos atualmente nos realiza, se não o que podemos mudar? Existe alguma profissão que nos inspire? Qual o nível de dedicação conosco? O que nos aflige? A nossa vida está preenchida do que realmente queremos, ou estamos cumprindo regras as quais sequer sabemos da onde vem?

A cabeça pode ir longe, sem restrições ou censuras... 

Podemos resumir que a vida terá duas divisões: antes e depois da pandemia; Um antes em que a vida era um looping de acontecimentos, no automático; Um depois em que a podemos enfatizar a importância do que realmente vale nesta vida.

Hoje o tempo passa a ser valioso para o encontro com você mesmo. Não tem balada, não tem festa, não tem bar... Agora tem você, e no máximo a sua família.

Imediatamente nos lembramos de um sentimento que dá muito trabalho. É preciso tempo para desenvolvê-lo e mantê-lo... O amor!

Sim, a vida é cheia de questões que não paramos para pensar e que muitas vezes não terão respostas, é neste momento, mesmo que forçadamente, iremos dar voz a nós mesmos. Vocês têm dúvida de que sairemos muito mais fortes, compreensivos e humanos desta transição?

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Carol Roso

Eterna estudante, no momento cursa psicanálise. Desenvolve projetos voltados para o aprimoramento pessoal e interpessoal. Comunicadora formada em relações públicas, dedica-se a entender e auxiliar as pessoas com suas dores e angústias do dia a dia, propondo terapias em grupo e atendimentos individuais.